Segunda-feira, 30 de novembro de 2015
A Frente Parlamentar pela Implementação Plano Nacional de Educação ofereceu, nesta sexta-feira, 27/11, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, curso de formação sobre As 20 metas do PNE, vigentes na Lei nº 13.005/2014.
A Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação (Sase/MEC) participou da iniciativa, denominada +PNE, que tem como objetivo popularizar o Plano Nacional de Educação (PNE) e formar multiplicadores para liderarem as comissões de acompanhamento da implantação dos planos em seus municípios.
O curso foi ministrado pelo doutor em educação César Nunes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e pelo assessor especial da Sase, Walisson Maurício de Pinho Araújo, reunindo lideranças de mais de 30 municípios paulistas. Uma iniciativa da Deputada Ana Perugini (PT/SP), membro da Comissão de Educação da Câmara do Deputados e da Frente Parlamentar pela Implementação do PNE.
A parlamentar afirmou que propósito da iniciativa é criar uma rede de multiplicadores no Estado de São Paulo. "Mobilizar a sociedade é nosso maior compromisso a ser construído ao lado da comunidade escolar, pais, mães, alunos e profissionais da educação, por uma sociedade mais humana e democrática, que seja capaz de agir, em nível local, com a visão do aprendizado global".
Como professor de filosofia e história, Cezar Nunes afirmou que seu oficio é estudar a filosofia da educação e, a partir do resultado, as matrizes legais da educação brasileira. Usou ainda recursos da história para explicar a educação no país, lembrando que o Estado de São Paulo nasceu à beira de um colégio, fundado por José de Anchieta no dia 25 de janeiro de 1954, e baseava-se na matriz: catequese para o povo e educação para a elite, matriz que colonizou o Brasil por 300 anos. "Eu acredito que o maior símbolo de apartheid social que vivemos é a escola, dividida para pobres e ricos desde a implantação da educação jesuíta," desabafou o professor em um discurso emocionado, defendendo que o que muda a escola é a determinação política.
O professor também destacou a iniciativa de formação de uma rede de acompanhamento e fiscalização da implementação do Plano Nacional de Educação em São Paulo, e afirmou, "eu quero que a lei vire prática social. Quero que o PNE seja a maior bandeira e a maior revolução silenciosa nesse país", segundo ele, a Lei do PNE "é uma vitória dos movimentos sociais e a maior herança que podemos deixar ao povo brasileiro".
O assessor especial do MEC, Walisson Araújo, destacou o crescimento dos investimentos em educação nos últimos dez anos e disse que, "nesse momento, tudo que a gente mais precisa é de emoção e movimento. [...] Não podemos nos desmobilizar, pois estamos falando do planejamento da educação para uma década, e esse trabalho de conscientização é fundamental". Afirmou também que, para o êxito do plano, é necessário participação social, direito a informação, transparência e mobilização. "A lei do PNE define ações e estabelece prazos para diversas iniciativas que, se organizadas de maneira sistêmica, concretizarão a agenda instituinte do PNE".
Compuseram a mesa o professor João Palma Filho, Coordenador do Fórum Estadual de Educação de São Paulo (FEE-SP) e a ex-deputada Bia Pardi. Os dois mostraram total apoio à iniciativa de divulgação do PNE. Participaram do curso autoridades políticas de várias regiões, além de professores e interessados na área da educação.
Acesse aqui a apresentação da Sase no evento.
Para saber mais sobre o Movimento Popular +PNE, acesse www.maispne.com.br .
Redação Sase/MEC com informações da Alesp
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